Entendemos que vivemos uma histórica criminalização da juventude brasileira, em que corpos juvenis periféricos, que expressam sua diversidade de gênero, sexualidade e raça acabam por serem afetados por lógicas de controle e desumanização, o que convoca a psicologia no movimento de tecer ações que alterem essa realidade.
A articulação do NUH junto a uma unidade socioeducativa de Minas Gerais, que executa medidas em regime de privação de liberdade, surge a partir da identificação de violências transfóbicas sofridas por jovens nesse respectivo contexto.
Nosso objetivo é compreender como as violências de gênero incidem na vida das/os jovens e na dinâmica de relações presentes em tal espaço socioeducativo.
Com base em uma perspectiva interseccional que se interessa na associação da questão de gênero a outras opressões: de classe, raça e território, nossa atuação preza por metodologias participativas. Com esse método, procuramos criar vínculos com as/os jovens e a equipe da instituição para que momentos de diálogo, reflexão e intervenção sejam construídos em prol da garantia dos direitos humanos e cidadania.