Já está em vigor a resolução do Conselho Universitário que aprovou o uso do nome social para travestis e pessoas trans no âmbito da UFMG. O documento, assinado pelo reitor Jaime Ramírez, assegura a servidores (docentes e técnico-administrativos), discentes e demais usuários e usuárias dos campi e das unidades da UFMG, cujo nome de registro civil não reflita sua identidade de gênero, o direito de inclusão do nome social nos registros, documentos e atos da vida funcional acadêmica.
Nesta entrevista para o Portal UFMG, o Professor e coordenador do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH/UFMG), Marco Aurélio Máximo Prado, que também fez parte da comissão de trabalho para o Nome Social, fala sobre as mudanças, desdobramentos e perspectivas sociais que essa resolução pode trazer às travestis e transexuais na comunidade acadêmica e também no âmbito social.
“Depois de 10 meses de trabalho entregamos um dossiê com um texto histórico para contextualizar a importância desse direito do uso do nome social, balizado pelas melhores medidas internacionais, uma nota técnica com sugestões de procedimentos para uso do nome social, uma proposta de campanha institucional, além da própria proposta de resolução. Essa resolução é importante como política de reconhecimento e um pequeno gesto para iniciar um movimento de inclusão. Assim que pessoas trans chegarem mais e mais na UFMG, elas mesmos integrarão comissões, grupos e movimentos capazes de apontar as suas próprias necessidades. Precisamos aprender a parar de falar por elas e abrir-lhes espaços institucionais para que falem por si.” afirma Marco.
A entrevista completa pode ser conferida aqui.
(Fonte: Portal UFMG)