Para a 1a Jornada BH sem Homofobia o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT NUH/UFMG, junto com o projeto Una-se Contra a Homofobia e o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual CELLOS-MG, preparou uma mesa de debate sobre o tema das masculinidades lésbicas e trans* masculinidades para dialogar sobre a falta de preparo dos órgãos públicos brasileiros em lidar com as violências que essas populações sobrevivem cotidianamente.
Existem múltiplas possibilidades de experiências e práticas de gênero, sendo todas válidas e legítimas. A regra binária que modela os nossos corpos, obrigando-os a transitar apenas entre os pólos “masculino” e “feminino” é constantemente desafiada por lésbicas e pelas pessoas trans*.Lésbicas, com seus corpos e desejos rebeldes, transgridem o regime político da heterossexualidade “natural e obrigatória” que tenta controlar, normalizar e oprimir as diversas sexualidades, práticas e vivências. As “sapatonas” são compulsoriamente rotuladas de “não-mulheres” e acabam por flertar, muitas vezes, com os signos das masculinidades disponíveis na sociedade, resignificando-os.
As pessoas trans* também desobedecem à regra da imposição de um gênero sobre elas. Rejeitam a única possibilidade de existência que lhes foi feita ao nascimento: de que seriam “menino” ou “menina” por causa de alguma diferença observada no corpo. A patologização da transexualidade retira a autonomia das pessoas e não reconhece a condição de sujeitos e sujeitas de seus próprios desejos.
O evento será no dia 17 de julho, quinta-feira, a partir das 19h no Auditorio do 2º andar do Campus Una Aimorés (r. dos Aimores, 1451 – esquina com r. da Bahia). Confirme sua presença no Facebook aqui.